As novas coberturas médicas e odontológicas adicionadas ao rol de procedimentos e questões relacionadas à saúde, que estarão vigentes a partir de 7 de junho, devem aumentar o preço dos planos de saúde, acredita a Fenasaúde. Isso porque, sempre que se adicionam novas coberturas, é necessário fazer a correção atuarial do produto (revisão do preço) para manter o equilíbrio do contrato e, assim, a garantia da cobertura.
A medida alcança todos os produtos regulamentados. Com a atualização prevista para ocorrer a cada dois anos, mais 70 procedimentos foram incluídos na cobertura mínima obrigatória dos planos de saúde (54 para o segmento médico-hospitalar e 16 para o odontológico), que agora totaliza 3.081 itens.
Entre as novas coberturas, alguns procedimentos serão os principais responsáveis pelo aumento dos preços, como: transplante de medula óssea alógeno (custo médio de R$ 80 mil) , Pet-Scan oncológico (R$ 3,5 mil), implante de marcapasso multissítio (R$ 90 mil), oxigenoterapia hiperbárica (preço médio de cada sessão oscila entre R$ 200,00 a R$ 300,00 e o tratamento completo pode variar entre R$ 1 mil a R$ 18 mil), cirurgias torácicas por vídeo e as próteses dentárias. Além disso, houve aumento do número de consultas com nutricionistas, fonoaudiólogos, psicólogos e terapeutas ocupacionais. E a internação em hospital-dia psiquiátrico (internação por período de até 12 horas) passou ter quantidade ilimitada para alguns transtornos mentais. Na odontologia, dos 16 novos procedimentos, 6 incluem as próteses. Estudo realizado entre algumas associadas da FenaSaúde estimou que o impacto poderá chegar a 40% nos planos odontológicos.
De acordo com a Agência Nacional de Saúde (ANS), o estudo prévio sobre o impacto financeiro dessas novas coberturas nos planos privados de assistência à saúde não foi possível, porque não há como avaliar qual será a demanda. Para os contratos individuais e familiares já firmados, como o reajuste é controlado pelo órgão regulador, o impacto será percebido somente no índice que será divulgado em maio de 2011.
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